O presidente do conselho de administração do Fundo Garantidor de Crédito (FGC, mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores), Gabriel Jorge Ferreira, afirmou nesta quarta-feira que as empresas do grupo Silvio Santos entraram como garantia no empréstimo de R$ 2,5 bilhões para reestruturação do patrimônio da instituição. Segundo ele, cinco empresas estão diretamente envolvidas na negociação: o SBT, o próprio PanAmericano, a fabricante de cométicos Jequiti, a rede de lojas do Baú da Felicidade e a Liderança Capitalização, que organiza a Tele Sena.
O banco PanAmericano foi alvo de fiscalização do Banco Central, que detectou "inconsistências contábeis" e informou o controlador, o grupo Silvio Santos. Segundo o FGC, o prazo do empréstimo é de dez anos, com três de carência e correção pelo IGP-M. Não há recursos públicos na operação.
O apresentador Silvio Santos se envolveu diretamente na negociação e participou de reuniões com o fundo em São Paulo para garantir o aporte. O dinheiro não passou pelas empresas do grupo e já foi depositado diretamente em uma conta de reserva do banco, para cobrir os prejuízos, segundo Ferreira.
O executivo do fundo diz não ter conhecimento de como o banco chegou a esta situação de falta de fundos e foi acionado pelo BC para evitar intervenção e eventual quebra do PanAmericano. "Nossa relação foi de suporte financeiro. O fundo não se envolveu com as causas. A análise é do BC, que é a instituição responsável", disse Ferreira
Mais informações
Nenhum comentário:
Postar um comentário