Um caso inusitado está acontecendo em Marabá. Nos últimos dias o município vive momentos conturbados e de fortes emoções. E dos mais de 5 mil municípios, pode ser o único que tem dois prefeitos. Na tarde de ontem, por ocasião do lançamento do programa Bolsa Trabalho, no ginásio da Escola Irmã Teodora, bairro Liberdade, o prefeito licenciado Maurino Magalhães de Lima, em alto e bom som, disse que era o prefeito e que estava governando normalmente Marabá.Nunca é demais lembrar que o prefeito está de licença médica, tendo inclusive o cardiologista Glicério Júnior atestado que Maurino Magalhães apresentou um quadro de arritmia cardíaca e que estava impossibilitado de qualquer atividade laboral.
Porém, o prefeito não só disse que era o gestor e que algumas pessoas, cujos nomes não quis dizer, que torciam para que Marabá não desse certo.
O mestre de cerimônia Velcino Albino Farias chamou-o de prefeito licenciado, porém Maurino Magalhães tratou de corrigi-lo e em seguida chamou Nagilson Rodrigues Amoury (PRB) de vice-prefeito várias vezes.
A cena causou constrangimento em algumas pessoas que compunham a mesa, entre elas o vereador Edivaldo Santos (PPS), que, incontinenti se levantou e foi embora do evento.
O juiz eleitoral Cristiano Magalhães Gomes, segundo fonte segura, tomou conhecimento do episódio e hoje pela manhã deve se pronunciar a respeito do caso. Maurino Magalhães apresentou atestado médico na última sexta-feira (2), onde justificou que precisaria fazer vários exames, portanto não poderia comparecer à audiência que investiga suposto “Caixa 2”, na coligação “A Marabá que queremos”. A audiência foi remarcada para o dia 1º de setembro.
A sessão deveria ter acontecido na última quarta-feira (28), mas o prefeito não compareceu porque estaria com problemas cardíacos. Maurino encaminhou laudo médico ao juiz eleitoral que remarcou a audiência, mas novamente o prefeito não havia comparecido.
O clima na seara política de Marabá é de apreensão total, não apenas pela possibilidade de afastamento do prefeito Maurino Magalhães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário