A Reserva Mamirauá, no Amazonas, concentra uma das maiores populações de jacarés na região. Uma bióloga que saiu de São Paulo em busca de um sonho - viver numa das maiores unidades de conservação de vida selvagem da Amazônia – acabou sendo vítima desse animal, perdeu uma perna, mas sobreviveu de forma surpreendente.
Em dezembro, na véspera do Ano Novo, em Mamirauá, a bióloga paulista Deise Nishimura limpava peixe na beira da casa flutuante onde morava, quando foi arrastada para a água por um jacaré de mais de 4 metros de comprimento. Mesmo desarmada, ela decidiu lutar pela vida.
“Nessa hora, achei que tinha morrido já, já era. Mas aí lembrei que num documentário eu vi que quando você é atacada por um tubarão, sua parte mais sensível é o nariz. Aí pensei: qual será a parte mais sensível do jacaré? Coloquei a mão na cabeça dele e achei dois buracos, não sei se era o nariz ou o olho, e eu enfiei meus dedos assim, bem forte, e apertei com toda a força. Foi quando ele me soltou, e, nessa hora, percebi que já estava sem minha perna”, relembra a bióloga.
Deise nadou até a beirada da casa, mas não conseguiu subir. Teve de escalar um tronco para sair da água. Exausta, ela gritou por socorro. Mas não havia ninguém por perto. Então ela se arrastou até a sala de rádio e pediu ajuda. “Quinze minutos depois, os funcionarios da reserva chegaram. Fizeram torniquetes nas pernas e levaram a bióloga até Tefé. No hospital, uma hora depois, o médico ficou espantado.Mais Informações
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