
Nesta semana, um grupo de 32 sobreviventes se reuniu com o chefe da Casa Civil do governo do Pará, Zenaldo Coutinho, e com o procurador-geral do Estado, Caio Trindade, para apresentar uma lista de reivindicações. Eles cobram, entre outras coisas, tratamento de saúde continuado e reajuste das pensões que recebem desde 2007, cujos valores não acompanham as alterações anuais do salário mínimo. As pensões instituídas por lei aprovada pelo parlamento estadual atualmente não ultrapassam R$ 400. "Nós temos direitos garantidos, mas o que o governo tem feito é só um paliativo. Não existe atendimento continuado", disse Antônio Alves, o Índio, líder do grupo de 69 sobreviventes da chacina.
Zenaldo Coutinho e Caio Trindade garantiram uma nova perícia médica aos sobreviventes, que deverá ser realizada no município de Marabá, próximo de Eldorado dos Carajás, onde se localiza o assentamento 17 de Abril, local que abriga parte dos sobreviventes. Zenaldo Coutinho também garantiu que o Estado vai estudar a revisão das aposentadorias e propôs a criação de lei estadual para que o valor seja reajustado em consonância com o salário mínimo.
Após a reunião, ficou definido que dois sobreviventes que estão com problemas de saúde mais agravados serão internados na segunda-feira em Belém para tratar as sequelas. Gabriel Fagundes, que ficou surdo devido a uma bala alojada no ouvido, e Alcione Ferreira, que ficou cego após retirar uma bala de um olho, serão os primeiros a receber o tratamento do governo em 2011.
O massacre
No dia 17 de abril de 1996, 19 sem-terra foram assassinados e mais 69 mutilados durante confronto com a Polícia Militar no município de Eldorado dos Carajás, no Pará. Na confusão, a polícia abriu fogo contra 1,5 mil trabalhadores rurais que bloquearam a rodovia PA-150 em protesto contra a demora na desapropriação de terras.
Responsabilizados pelo massacre, o ex-coronel Mario Colares Pantoja, na época comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar de Marabá, e o ex-major José Maria de Oliveira, então comandante da Companhia de Policiamento Militar de Parauapebas, foram condenados em 2002 a 228 anos e 158 anos e quatro meses de prisão, respectivamente. Os dois ex-policiais, no entanto, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF), e conseguiram habeas-corpus para esperar em liberdade o julgamento dos recursos.
Zenaldo Coutinho e Caio Trindade garantiram uma nova perícia médica aos sobreviventes, que deverá ser realizada no município de Marabá, próximo de Eldorado dos Carajás, onde se localiza o assentamento 17 de Abril, local que abriga parte dos sobreviventes. Zenaldo Coutinho também garantiu que o Estado vai estudar a revisão das aposentadorias e propôs a criação de lei estadual para que o valor seja reajustado em consonância com o salário mínimo.
Após a reunião, ficou definido que dois sobreviventes que estão com problemas de saúde mais agravados serão internados na segunda-feira em Belém para tratar as sequelas. Gabriel Fagundes, que ficou surdo devido a uma bala alojada no ouvido, e Alcione Ferreira, que ficou cego após retirar uma bala de um olho, serão os primeiros a receber o tratamento do governo em 2011.
O massacre
No dia 17 de abril de 1996, 19 sem-terra foram assassinados e mais 69 mutilados durante confronto com a Polícia Militar no município de Eldorado dos Carajás, no Pará. Na confusão, a polícia abriu fogo contra 1,5 mil trabalhadores rurais que bloquearam a rodovia PA-150 em protesto contra a demora na desapropriação de terras.
Responsabilizados pelo massacre, o ex-coronel Mario Colares Pantoja, na época comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar de Marabá, e o ex-major José Maria de Oliveira, então comandante da Companhia de Policiamento Militar de Parauapebas, foram condenados em 2002 a 228 anos e 158 anos e quatro meses de prisão, respectivamente. Os dois ex-policiais, no entanto, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF), e conseguiram habeas-corpus para esperar em liberdade o julgamento dos recursos.
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