Tanto nas rodovias estaduais quanto nas federais, a falta de sinalização, de faixas nas pistas além das pontes sem condição de fluxo, dá uma noção da falta de cuidado com os motoristas que transportam a necessidade, o progresso de cada cidade ou capital além de vidas.
Quem se arrisca pelas estradas brasileiras a trabalho ou passeio encontrará pela frente um verdadeiro contraste até chegar a seu destino. As mãos precisam ser rápidas e fortes para acompanhar o que os olhos muitas vezes não vêem.
Nas estradas do Pará, cresce o número constante de acidentes graves, além do aumento do custo dos produtos transportados pelas rodovias. Uma situação que poderia ser ainda pior se os motoristas não estivessem acostumados com tanto descaso e já saberem exatamente onde estão os maiores perigos nas mal cuidadas estradas paraenses. Os desavisados geralmente são as maiores vitimas fatais.
De acordo com a última pesquisa da Confederação Nacional do Transporte sobre o estado de conservação das estradas nacionais, o Pará é o Estado com a terceira pior malha rodoviária em todo o Brasil, incluindo estradas sob responsabilidade federal e estadual. Pelo levantamento, o Pará tinha 97,8% de suas estradas comprometidas.
Grande parte das estradas paraenses além da falta de sinalização é estreita e sem acostamento, com falhas de drenagem e intervenções inacabadas. A manutenção muitas vezes é feita por pessoas que moram nas proximidades das rodovias tapando buracos com pedra e terra e com isso ganhando algumas míseras moedas de alguns motoristas.
Há décadas as estradas do Pará só foram recuperadas a base de protesto com fechamento de rodovias. As que foram construídas nos últimos anos já estão necessitando de reforma.
As estradas do Pará de onde sai grande parte das riquezas vegetais e minerais do Brasil são um verdadeiro retrato do descaso dos governos estaduais e federais. A necessidade extrema da construção de uma rodovia segura e realmente trafegável para a região só é vista por quem pega a estrada, e seus problemas nunca serão vistos de avião.
Quem trafega pelas estradas do Pará em direção ao estado do Tocantins ira perceber que a criação de um novo Estado contribuiu e muito para a boa administração das pequenas cidades tocantinenses.
Ao entrar para o estado do Tocantins é difícil não se surpreender com o contraste em relação às estradas paraenses, o asfalto de qualidade, boa sinalização, acostamento e a duplicação das rodovias dão mais segurança aos motoristas que só correrão riscos em caso de imprudência deles mesmos.
A preocupação com as estradas também é vista no perímetro urbano das cidades do Tocantins, onde pequenas vilas e comunidades possuem asfalto de boa qualidade.
Nestas horas se questiona a divisão dos estados do Carajás e Tapajós. São quilômetros de estradas intrafegáveis e talvez nem conhecidas pelos governos estaduais e federais e que parecem não estar nos planos de aceleração do crescimento o Sul e Sudeste do Pará.
A divisão destas regiões seria uma solução lógica para quem quer o progresso e desenvolvimento, mas egoísta para quer um Pará grande e mal administrado.
Fonte: Jornal Reporter Popular
Nenhum comentário:
Postar um comentário