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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pará exporta transexuais para a Europa



"O Pará é um dos maiores exportadores de travestis para a Europa. Lá, os nossos travestis tendem a se impor e, justamente por isso, são mais respeitados. Alguns até mentem, dizendo para os outros que são paraenses, em busca desse status”. A afirmação, do coordenador do Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) do Pará, Marcelo Carvalho, teve como ponto de partida a história da transexual paraense Brenda, morta na última sexta-feira de maneira ainda não esclarecida, na Itália.

Segundo Marcelo, não há estatísticas sobre a quantidade de homossexuais paraenses, em especial travestis, que saem do Estado em busca de outros locais de trabalho, como cidades do sul e sudeste do Brasil e até mesmo de outros países. Brenda, certamente, foi apenas mais uma entre milhares. “A prostituição é o único caminho que o travesti encontra. Embora existam alguns projetos de ressocialização, de geração de emprego e renda, há muita dificuldade para conseguir a captação de recursos. Agora é que estamos começando um projeto junto ao governo do Estado para buscar esses recursos, no sentido de tentar mudar a realidade de pelo menos alguns deles. Mas esse é um processo muito lento. A burocracia, para nós, é ainda pior, porque a maioria dos travestis não tem sequer carteira de identidade, não tem escolaridade, não tem CPF, não tem título de eleitor, está completamente à margem da cidadania”, observa.
De acordo com o coordenador do movimento LGBT do Pará, a mudança para a Europa acaba sendo encarada como uma verdadeira tábua de salvação para a maioria dos travestis, não pela ilusão de uma vida glamurosa, mas pela certeza de uma remuneração bem maior.
Materia Completa e fonte: Diario do Pará

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