O presidente da Vale, Murilo Ferreira, desde que assumiu o comando da companhia há três meses, tem dedicado a maior parte do seu tempo a resolver pendências importantes na agenda da mineradora, no Brasil e no exterior. Ferreira vem promovendo distensão e tem compartilhado negócios que não evoluiram na gestão de seu antecessor. Por exemplo, com o empresário Eike Batista, controlador da EBX, que tentou adquirir uma fatia da Vale em 2007. Recebeu o prefeito de Parauapebas (PA), Darci José Lermen (PT), que acusou a empresa de não pagar royalties do minério de ferro às prefeituras e decretou a caducidade da província mineral de ferro de Carajás.
Para mostrar que não tem nenhuma restrição a fazer negócios com Eike Batista, Ferreira recebeu o empresário e seu pai, Eliezer Batista, ex-presidente da Vale - do qual é muito amigo - para almoçar com ele na sede da companhia, quarta-feira. O motivo do encontro foi comemorar a parceria firmada entre LLX Logística, da EBX, e a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), da Vale, para viabilizar o transporte de minério de ferro até o superporto do Açú. LLX e FCA assinaram um memorando de entendimentos nesse dia.
Antes de Batista, Lermen, prefeito de Parauapebas, já tinha sido recebido no gabinete de Ferreira. O prefeito, que manteve uma queda de braço com o ex-presidente da Vale Roger Agnelli por causa do decreto de caducidade de Carajás, estava acompanhado da ex-governadora do Pará Júlia Canepa e deputados. Ferreira recebeu o prefeito, segundo amigos próximos, em nome de uma política de distensão na mineradora.
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