Comissão quer criação do Estado de Carajás e protesta fechando a estrada de Ferro em Marabá

Uma comissão de mais de seiscentas pessoas fecharam a ponte nos dois sentidos na rodovia P.A 150 e a estrada de ferro Carajás paralisando o trem com 380 vagões por mais de sete horas na última segunda-feira, 16, na cidade de Marabá, sudeste do Pará.

Várias lideranças do estado estiveram presentes. Entre elas os vereadores de Conceição do Araguaia, a vice-prefeita do município, Wanda Aquino, o prefeito de Floresta do Araguaia, Alsério Kazimirski, além de vereadores do município de Piçarra, entre outros.
O objetivo da manifestação era chamar a atenção do Congresso Nacional para a realização do plebiscito pela criação do estado de Carajás.
O Comitê Pró-Carajás tinha a intenção de permanecer no local por cerca de 72 horas, mas, depois da presença do deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB) e de um contato por telefone com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), que se comprometeu de receber a comitiva na quarta-feira, 18, para colocar o projeto em pauta, só então, a manifestação foi encerrada.
A vice-prefeita de Conceição do Araguaia, Wanda Aquino, disse que uma comitiva composta pelos vereadores do município e outras pessoas que fazem parte desse movimento irão a Brasília para uma audiência com o presidente da Câmara, Michel Temer, e que a expectativa desse encontro é muito boa. “Queremos ver o estado de Carajás se tornar realidade. Vamos sensibilizar o presidente daquela Casa de Leis e mostrar para os nossos políticos que a vontade de criar esse novo estado emana do povo e que nós apoiamos essa idéia porque entendemos que é melhor para todos”, frisou.
Os vereadores de Conceição do Araguaia se disseram satisfeitos com a manifestação que chamou a atenção do estado e do País através de vários veículos de comunicação que se fizeram presentes durante o protesto.
A matéria tem que ser votada pelo Plenário do Senado, e, se aprovada, será ainda submetida à votação da Câmara dos Deputados, mas, o Comitê Pró-Carajás vê com restrições que a Mesa Diretora do Senado não tenha interesse pela tramitação e votação do projeto e por essa razão, organizou a interdição como protesto na cidade de Marabá.
Fonte: Paulo Diario do Pará