Um fornecedor da Vale está acusando os funcionários da companhia de praticar um suposto esquema de corrupção que levou ao fechamento da empresa. O sócio da WO Engenharia, Osmar Fonseca dos Santos, que prestava serviços para a companhia na Estrada de Ferro Carajás, em Marabá (PA), afirmou ao iG que funcionários da Vale e da Concremat, empresa contratada para fiscalizar a obra, descontavam 70% do valor dos serviços prestados para pressionar a companhia a pagar propina.
A Vale confirma que está investigando as acusações internamente. Segunda a empresa, nenhum funcionário foi demitido até o momento. A Concremat afirma que as acusações são falsas.
O pagamento de serviços em obras, em geral, envolve um processo de medição, no qual um fiscal aprova a execução do contrato. Se a conclusão for de que o serviço não foi cumprido conforme o contratado, o pagamento pode ser reduzido.
A acusação da WO Engenharia é de que funcionários da Vale e da Concremat reduziam a medição dos serviços da companhia, o que fazia com que ela recebesse menos, já que se recusava a pagar propina. “Nossa margem é apertada. Os funcionários são orientados a não ceder a essas pressões”, diz Santos.
O empresário afirmou que vai processar a Vale e cobrar uma indenização por danos financeiros. Segundo ele, a companhia tinha 95% da sua receita vinculada a contratos com a Vale e teve um prejuízo de R$ 50 milhões provocado por supostas irregularidades nos pagamentos feitos à companhia. “Não conseguimos suportar os cortes que eles faziam nas nossas medições”, diz Santos. A companhia, que tem sede em São Luís (MA), funcionava há 21 anos, mas encerrou as atividades no fim de janeiro e demitiu 2.500 funcionários.
Esse não é o primeiro desentendimento entre a WO e a Vale. Funcionários da WO bloquearam a Estrada de Ferro Carajás em 25 de janeiro para protestar por atrasos de salários. Na ocasião, a Vale emitiu um comunicado no qual afirmou que não deixou de honrar contratos com prestadores de serviços e que chegou a antecipar os pagamentos a fornecedores para que eles pudessem pagar seus funcionários.Mais Informações
A Vale confirma que está investigando as acusações internamente. Segunda a empresa, nenhum funcionário foi demitido até o momento. A Concremat afirma que as acusações são falsas.
O pagamento de serviços em obras, em geral, envolve um processo de medição, no qual um fiscal aprova a execução do contrato. Se a conclusão for de que o serviço não foi cumprido conforme o contratado, o pagamento pode ser reduzido.
A acusação da WO Engenharia é de que funcionários da Vale e da Concremat reduziam a medição dos serviços da companhia, o que fazia com que ela recebesse menos, já que se recusava a pagar propina. “Nossa margem é apertada. Os funcionários são orientados a não ceder a essas pressões”, diz Santos.
O empresário afirmou que vai processar a Vale e cobrar uma indenização por danos financeiros. Segundo ele, a companhia tinha 95% da sua receita vinculada a contratos com a Vale e teve um prejuízo de R$ 50 milhões provocado por supostas irregularidades nos pagamentos feitos à companhia. “Não conseguimos suportar os cortes que eles faziam nas nossas medições”, diz Santos. A companhia, que tem sede em São Luís (MA), funcionava há 21 anos, mas encerrou as atividades no fim de janeiro e demitiu 2.500 funcionários.
Esse não é o primeiro desentendimento entre a WO e a Vale. Funcionários da WO bloquearam a Estrada de Ferro Carajás em 25 de janeiro para protestar por atrasos de salários. Na ocasião, a Vale emitiu um comunicado no qual afirmou que não deixou de honrar contratos com prestadores de serviços e que chegou a antecipar os pagamentos a fornecedores para que eles pudessem pagar seus funcionários.Mais Informações
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