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quarta-feira, 10 de março de 2010

Manifestação contra a Vale em Parauapebas reúne trabalhadores lesionados e discriminados

Aconteceu ontem, 09, durante a seção ordinária da Câmara de vereadores, um protesto dos trabalhadores lesionados e discriminados do município contra a mineradora Vale. A manifestação reuniu cerca de 40 ex funcionários da Vale que aproveitaram a seção da Câmara Municipal de Parauapebas para fazer denuncias de desrespeito da Vale e do sindicato Metabase de Carajás com seus trabalhadores doentes.
Segundo o ex-funcionário da mineradora, Antonio Reinaldo Pereira, que trabalhou durante 17 anos e 4 meses para a Vale, quando da sua admissão a mineradora exigiu vários exames para que ele estivesse apto a trabalhar, mas quando foi afastado de suas funções após contrair doença em serviço, a Vale exigiu apenas 2 exames, e quando decidiu se aposentar a empresa entrou com processo para que o mesmo não conseguisse ser indenizado ou mesmo aposentar-se por invalidez.
Os ex funcionários alegam que o Sindicato Metabase de Carajás e a Vale estão negociando acordos sem a apresentação e aprovação de toda a classe de trabalhadores doentes, mutilados pelo excesso de trabalho.
Entre as clausulas que estão sendo tratadas no acordo está o da permanência nas casas do núcleo de trabalhadores que estão doentes, ou seja, quem estiver doente, não mais poderá continuar residindo no núcleo residencial. Além da casa, os trabalhadores estão perdendo assistência médica no hospital do núcleo, o auxilio para custeio de despesas com colégio para os seus dependentes e outros benefícios.
Um dos coordenadores do movimento, Uiraúna Estrela, o Movimento dos Trabalhadores Lesionados e Discriminados pela Vale, em Parauapebas, articula-se internacionalmente e monta junto com outros trabalhadores da mineradora em Canadá, o Movimento Internacional de Atingidos pela Vale.
Ele ainda afirma que, oficialmente, existem 63 trabalhadores lesionados, em Parauapebas, vitimados pela atividade mineradora, pois este é o número dos que recebem o auxílio do INSS. “Sabemos que existem trabalhadores que mesmo lesionados continuam trabalhando, para que a estatística não aumente e prejudique a mineradora em processos de certificações internacionais.
Os manifestantes pretendem protocolar as denuncias em vários órgãos, dentre eles Ministério do Trabalho e Emprego, Procuradoria Geral da República, OIT, OAB, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, além de mobilizar trabalhadores da Vale Inco do Canadá que já estão de greve há 7 meses para continuar lutando por seus direitos. Um outro grande protesto também ocorrerá em Brasília(DF), nos dias 16 e 18 de Março.

Segundo Alexandre do deparmamento de comunicação da Vale, a mesma só  ira se pronunciar quando estiver realmente a par de todos os fatos.

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