O Ministério Público Federal no Pará pediu que a Polícia Militar do Estado explique porque policiais deixaram de dar segurança a servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) durante ações de fiscalização.
Em ofício enviado ao comandante-geral da PM local, Augusto Leitão, o procurador da República Felício Pontes diz que a situação coloca em risco os fiscais ambientais.
Conforme reportagem da Folha publicada no início do mês, funcionários do órgão federal entendem que o não acompanhamento policial é uma maneira de frear as operações contra o desmatamento ilegal e os consequentes desgastes num ano em que a governadora Ana Júlia Carepa (PT) tenta a reeleição.
No documento enviado, Pontes lembrou a tensão que ocorre em Anapu (PA).
O assentamento na cidade pelo o qual foi morta em 2005 Dorothy Stang, missionária norte-americana naturalizada brasileira, vem sendo invadido por madeireiros desde o final do ano passado.
Isso aumentou o risco de violência na região, uma das que mais sofrem assédio de madeireiros na Amazônia atualmente.
Recente missão do Ibama no local teve de deixar a cidade "por questão de segurança", afirma Felício.
A Procuradoria já pediu a ida da Força Nacional de Segurança para Anapu. Formalmente, o pedido foi aceito. Mas, na prática, ele nunca se realizou.
O procurador também lembra que há até um acordo de cooperação entre a PM e o órgão federal para facilitar a presença de policiais militares nas missões, que não vem sendo cumprido.
A reportagem contatou a assessoria do governo, que até agora não ligou de volta. Antes, ela já havia dito que o gestão estadual apoia a fiscalização e não protege quem destrói a floresta.
Fonte: Site Bol
Isso precisa ser amplamente divulgado. Por mais que pareça um problema local, estamos falando das riquezas do nosso país, do descaso com o meio ambiente e o que é pior com a desvalorização da vida humana e o desvio de função da polícia que deveria ser a instituição mais confiável para nós, mas infelizmente, é extremamente o contrário. Acho que os homens corretos se envergonham de vestir a farda e serem confundidos por muitos "bandidos oficializados" que a imaculou.
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