Dos 2.615 quilômetros que compõem a malha viária do Pará - rodovias federais e principais estradas estaduais -, 88,6% foram considerados como regular, ruim ou péssimo. Confirmando uma realidade já conhecida pelos motoristas, a avaliação faz parte da 16ª Pesquisa de Rodovias da Confederação Nacional de Transporte (CNT), que analisou 95.707 quilômetros de estradas em todo o Brasil. No território paraense, a pesquisa ainda apontou 21 pontos críticos, entre erosões na pista, pontes caídas e grandes buracos. Para reconstruir trechos totalmente inutilizados, restaurar e custear a manutenção, a CNT estima que, no Pará, sejam necessários pouco mais de R$ 1 bilhão; em todo o Brasil são R$ 177,5 bilhões. Dentre as regiões, o Norte recebeu a pior avaliação.
Do total de rodovias avaliadas no Pará, 1.971 quilômetros fazem parte da malha federal e 644 quilômetros são estaduais. A maioria absoluta, cerca de 88,6%, foi avaliada como regular, ruim ou péssima. Apenas 0,8% do total foi notificado como ótimo e 10,6%, como bom. Quanto ao pavimento das estradas, 79,5% estão deficientes, algo em torno de 2.079 quilômetros. A sinalização, por sua vez, está ainda pior, com 87,1% consideradas deficientes, pouco mais de 2.270 quilômetros. No Norte, foram estudados 10.393 quilômetros, o menor contingente de rodovias entre as regiões do Brasil e, também, a pior nota. Na Amazônia, 91,5% das estradas estão em condição deficiente (regular, ruim ou péssima), enquanto nas regiões Nordeste e Centro-Oeste o índice foi de 69,7%, seguido por Sudeste (50,2%), Sul (48,4%). Em toda a malha viária brasileira, foram 95.707 quilômetros aferidos.
Os dados revelam o perigo de trafegar nas rodovias paraenses. Além de estar mais sujeito a acidentes, já que quase todas as vias, cerca de 97% (2.539 quilômetros), são constituídas por pista de mão dupla - com apenas uma faixa de cada lado -, o motorista que trafega pelas rodovias paraenses ainda convive com o descaso. A visibilidade de placas e as pinturas laterais e centrais estão entre os principais problemas. As avaliações apontam que, em mais de 700 quilômetros (24,4%), simplesmente inexistem placas de sinalização e, ainda, mais de 450 quilômetros (17,5%) estão totalmente cobertos pelo mato. Apenas 5,3% de faixas laterais são visíveis e, em faixas centrais, o índice cai para 4,1%.
A média nacional das estradas ficou bem acima da região Norte e do Estado do Pará. Em estado satisfatório (ótimo e bom), estão 51.726 quilômetros (54% do total), enquanto o 46% dessas estradas foram classificadas como regular, ruim e péssimo, revelando uma queda em relação ao ano passado.
Fonte: O Liberal
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