Há muito que a igreja católica vem perdendo a primazia como força religiosa capaz de alterar os rumos de uma eleição.
Hoje, o grande alvo de cobiça dos candidatos são os pastores evangélicos que têm fiéis muito mais dispostos a seguir orientações dos líderes religiosos.
A disputa pelo apoio dos evangélicos é bem maior entre os candidatos a deputado - muitos se elegem apenas graças a indicação de uma agremiação religiosa - mas ocorre também entre os candidatos majoritários.
Por enquanto, nessa contenda, Ana Júlia tem levado a melhor. Conquistou apoio formal de dirigentes da Assembleia de Deus, a mais tradicional das igrejas evangélicas, e também da Universal e Quadrangular, as mais vistosas entre as neopentecostais.
Simão Jatene tem apoio do Partido Social Democrata Cristão (PSDC), do candidato à presidência José Maria Eymael. O PSDC tem como principal base no Estado a Ordem dos Ministros Evangélicos do Pará (OMEP).
É de Jatene também o apoio do Movimento Nacional do Partido Social Cristão, representado no Pará pelas chamadas igrejas independentes.
As igrejas evangélicas e agremiações religiosas têm pautas próprias de reivindicação e, para além dos partidos, também exigem fatias no bolo da administração.
Vale lembrar que, de acordo com a lei eleitoral, as igrejas entram na categoria de espaços privados, mas de uso público e por isso, nelas, não pode haver distribuição ou exibição de material de campanha.
A lei não impede, contudo, que os candidatos dêem uma passadinha por lá para receber bênçãos e distribuir promessas aos fiéis.
Gostei do blog e inclusive dessa matéria. Você retratou de maneira imparcial a atuação do povo evangélico na política, o que é muito raro de se ver, haja vista que as pessoas tem preconceito em relação a muitas coisas, inclusive religião. Muita das vezes, poucas pessoas sabem, a atuação de evangélicos na política é questão de sobrevivência. Muitas são as leis criadas e inclusive tramitam no senado e na câmara, cujos textos são direcionados exclusivamente para de certa maneira, parar/barrar ou atrasar o crescimento dessa classe religiosa. Quero ressaltar que nós somos pessoas conscientes, embora muitos pensem que somos retrógrados, incultos e desprovido de intelectualidade, isso é um mito! Foi-se esse tempo. Hoje em dia todos podem ver muitas pessoas cultas nesta classe religiosa. Se seguimos orientações de líderes é por meio de uma fé inteligente e sensata, pois antes de mais nada somos cidadãos. Eu, da minha parte digo, voto em candidatos de maneira sensata, não simplesmente porque alguém me aponta em quem votar. Deixo aqui meu recado e parabéns pela matéria e pelo espaço. Muito bons.
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