A eleição do ano de dois mil e dez ficará marcada na história como a mais politizada e democrática escolha dos governantes de nosso País.
Apesar do leque extenso de opções o eleitor impôs sua vontade e fez com que os candidatos se desdobrassem para conquistá-lo.
Com a igualdade nos palanques para os candidatos que não podem mais contar com shows que levavam multidões, além dos brindes distribuídos e algumas cestas e troca de favores que agora se tornaram armas perigosas contra os próprios candidatos, convencerem o eleitor de que votar em certo candidato seria a solução para seu município, estado ou país, ficou bem mais difícil.
O sobe e desce nas pesquisas foi só um reflexo da análise minuciosa do eleitor para com o candidato, ora ele era a favor, ora contra, um peso também creditado há alguns meios de comunicação que usaram e abusaram tendenciosamente em favor de seus preferidos numa espécie de lavagem cerebral que desta vez parece não ter funcionado.
Esta pode ter sido também a eleição que teve grandes surpresas, um palhaço foi eleito em São Paulo o deputado federal mais votado do País, o maior colégio eleitoral do Brasil. A Lei da ficha limpa tirou o sono de muitos políticos e uma candidata a presidência de um partido pouco conhecido leva a eleição para um 2° turno.
Entre denúncias, factóides e boatos espalhados na internet e na TV, esta pode ter sido também a eleição mais comentada, questionada, investigada e até mais interessante para os eleitores, jornalistas e estudiosos políticos do Brasil e do Mundo, que se esbaldaram com as notícias disponíveis e que aumentavam a cada episódio vivido pelos candidatos durante o período que antecedia a eleição.
Muitos valores foram colocados em questão e alguns conceitos principalmente ligados a religião foram transformados em sermão e disputa até dentro das igrejas pelo voto dos fiéis.
A politização dos eleitores se evidenciou em muitos estados onde as escolhas foram feitas de forma individual a cada candidato e não pelo partido, não foi por indicação, mas por convicção em alguns casos por conveniência, e na falta de opção a abstenção também se mostrou eficiente.
Uma eleição onde de tudo foi dito, escrito, opinado e que apesar das duras críticas durante todo o processo eleitoral, mais de 56 milhões de brasileiros demonstraram ter personalidade, escolhendo Dilma Rousseff, como a primeira presidenta eleita na história politica do Brasil.
Rosangela Sampaio
Jornal Reporter Popular
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