Para evitar protestos, a mineradora Vale pretende cercar os 101 quilômetros da ferrovia que irá construir para ligar a Estrada de Ferro de Carajás (EFC) ao projeto de mineração S11D, na Serra Sul de Carajás (PA). A empresa também quer expandir a proposta e cercar outros trechos dos 892 quilômetros, que cortam os estados do Pará e do Maranhão. As manifestações de movimentos sociais – como o MST – e de indígenas nos últimos anos, que paralisam a circulação de trens de transporte de minério, vêm incomodando a Vale. A última foi de indígenas, em outubro de 2012 no Maranhão, e durou cerca de três dias. O ato era contra a Portaria 303 da Advocacia Geral da União (AGU), que restringe direitos dos povos indígenas.
Na ocasião, os manifestantes alegaram que a escolha da Vale para o protesto ocorria por a empresa ser “beneficiária da exploração das riquezas existentes nos territórios indígenas, a exemplo da duplicação da estrada de ferro Carajás”. O projeto S11D, que a empresa pretende preservar cercando os trilhos de acesso, é o maior empreendimento de mineração da Vale. Ele tem 120 Km e 45 jazidas. Segundo os movimentos sociais, o projeto traz impactos sobre a população, prejudica o meio ambiente e irá destruir mais de 1 mil cavernas.
Como divulgou o jornal Valor Econômico, a mineradora pretende construir viadutos sobre os trilhos para garantir a passagem.
Radioagência NP/EcoAgência
Nenhum comentário:
Postar um comentário